A Universidade Estadual de Maringá (UEM), acatou integralmente uma recomendação administrativa emitida pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) e decidiu anular a fase de prova didática de um concurso público para contratação de professor universitário no campus de Umuarama.
A medida foi tomada após apuração da 1ª Promotoria de Justiça da comarca, que identificou irregularidades no processo. Segundo o MPPR, houve confusão no sorteio dos pontos que deveriam ser apresentados pelos candidatos durante a prova didática. Embora não tenham sido encontrados indícios de má-fé por parte da banca, a falha comprometeu a lisura da avaliação e prejudicou alguns concorrentes.
Além disso, o Ministério Público apontou falhas na gravação das provas, o que inviabiliza o acesso ao conteúdo apresentado e dificulta a interposição de recursos por parte dos participantes.
De acordo com o promotor de Justiça Pedro Ivo Andrade, responsável pelo caso, a atuação do MP visa assegurar a igualdade de condições e a legalidade dos concursos públicos. “Mesmo sem a presença de dolo, o erro verificado comprometeu a transparência do certame. O concurso público deve garantir isonomia, e qualquer falha que interfira na avaliação dos candidatos precisa ser corrigida”, afirmou.
Ainda segundo o promotor, a recomendação foi recebida de forma colaborativa pela universidade. “A UEM demonstrou responsabilidade institucional ao acolher a recomendação de forma integral. A decisão de refazer a prova e compor uma nova banca reforça o compromisso da instituição com a correção e a justiça”, completou Andrade.
Diante dos problemas identificados, a UEM determinou a anulação da etapa comprometida, a realização de uma nova prova didática e a formação de nova banca examinadora – considerando, ainda, o falecimento de um dos membros da comissão original.
A medida visa garantir a transparência, o respeito aos princípios que regem os concursos públicos e a confiança dos candidatos na lisura do processo seletivo.
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