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Produtores participam de capacitação sobre formigas cortadeiras

Produtores participam de capacitação sobre formigas cortadeiras

12/07/2024 às 16h00 Atualizada em 12/07/2024 às 19h00
Por: Alex Miranda
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Serão três reuniões técnicas durante o mês de julho e a primeira acontece neste sábado na Capela Nossa Senhora do Rocio - Assessoria
Serão três reuniões técnicas durante o mês de julho e a primeira acontece neste sábado na Capela Nossa Senhora do Rocio - Assessoria

As formigas cortadeiras são extremamente organizadas e capazes de dizimar plantações, pastos e florestas inteiras. Elas são encontradas em todo o Brasil e representam um grande problema ao produtor rural, que deve estar atento à formação e aumento de colônias em suas terras. Para apresentar dados sobre essas espécies, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente uniu-se ao IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), à UEM (Universidade Estadual de Maringá) e à Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná para uma série de três encontros sobre o manejo dessa praga.

A primeira reunião técnica será neste sábado (13), das 8h30 às 11h, na Capela Nossa Senhora do Rocio, que fica no km 10 da PR-489, saída para Xambrê. Na sexta-feira (19) da semana seguinte, das 13h30 às 16h, acontece a segunda reunião, desta vez na propriedade de Sergio Zumas Filho, na comunidade Placa Icaraíma. Já a terceira reunião será no último sábado do mês (27), das 8h30 às 11h, em Roberto Silveira, no antigo campo de futebol daquele distrito.

Para se ter uma ideia dos prejuízos causados pelas formigas cortadeiras, essas espécies consomem mais vegetação que qualquer outro grupo de inseto praga por unidade de tempo, como comenta o secretário municipal de Meio Ambiente, Waltinho Sucupira. “A quantidade de vegetação cortada, apenas por saúvas em florestas tropicais pode variar de 12% a 17% da produção do ecossistema. Além disso, essa praga pode representar 75% dos custos e do tempo gasto no controle de pragas em reflorestamentos, além de provocar perda de 13% da madeira, quando as árvores de eucalipto sofrem uma desfolha de 100%”, informa.

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Ele esclarece que um sauveiro pode viver até 20 anos e abriga até 5 milhões de formigas. “A partir de sua fase adulta, esse grupo consome cerca de 1 tonelada de folhas por ano. É uma comunidade gigante, muito bem organizada e com um apetite enorme. Ao longo de sua vida reprodutiva esse mesmo formigueiro vai gerar quase mil outros sauveiros e cerca de 4,8 bilhões de formigas operárias – um exército considerável de insetos cortadores de folhas”, avalia.

O biólogo do IDR-PR José Cosme de Lima acrescenta que há, basicamente, três formas de manejo das formigas cortadeiras. “Temos o controle cultural, que envolve entre outras ações a movimentação do solo nos locais dos formigueiros, o controle biológico, que é quando se pode lançar mão de predadores naturais como aves, sapos, rãs etc., e o controle químico, muito importante e às vezes imprescindível, quando utilizamos iscas tóxicas e fazemos a termonebulização. Esses e outros temas são abordados em nossos encontros técnicos”, resume o profissional.

Finalmente, o engenheiro agrônomo Fábio César Pereira Souza, da Secretaria Municipal de Agricultura, acrescenta que não é preciso fazer inscrição antecipada para participar da reunião técnica sobre formigas cortadeiras. “Basta chegar que teremos muita satisfação em receber não só produtores rurais como estudantes, imprensa e outros profissionais interessados em obter informações tanto sobre o manejo de formigas quanto sobre ações e projetos municipais para o setor – como o Projeto Fruticultura – e ainda sobre crédito rural”, afirma.

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