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Agentes de saúde e de combate a endemias são treinados para lidar com febre oropouche

Agentes de saúde e de combate a endemias são treinados para lidar com febre oropouche

24/10/2024 às 11h00 Atualizada em 24/10/2024 às 14h00
Por: Alex Miranda
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Assessoria/Secom
Assessoria/Secom

Servidores da área da saúde, agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate a endemias (ACE) estiveram reunidos na tarde de ontem (23), para uma capacitação sobre trabalho integrado e enfrentamento da febre oropouche, uma doença com número crescente de casos que está sendo monitorada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Vigilância Ambiental.

Até o início de outubro foram registrados 12 casos importados no Estado e o Ministério da Saúde investiga uma morte suspeita pela doença no Paraná. Em todo o país já são quase 8 mil casos neste ano, em 22 Estados, e dois óbitos confirmados na Bahia.

O treinamento abordou as características do transmissor da febre oropouche – o mosquito maruim, mais conhecido como mosquito pólvora –, bem como os sintomas da doença, viremia, cuidados e prevenção. “Os agentes foram o foco da capacitação porque são os responsáveis pela informação à população, através das visitas domiciliares”, disse a coordenadora da Vigilância Ambiental do município, Taila Biaca Crivelaro.

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“Os agentes de saúde e de endemias são a porta de entrada da população ao acesso dos serviços de saúde pública”, completou a coordenadora, que foi palestrante no treinamento ao lado da médica Juliana Carvalho, da Vigilância em Saúde.

Cerca de 100 agentes participaram do evento no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). “A integração das duas categorias de agentes é de extrema importância para a qualidade da saúde pública do município, principalmente quando falamos em saúde preventiva”, acrescentou o secretário municipal da Saúde, Edson Souza. “E com a febre oropouche em alerta epidemiológico no Estado, todo treinamento é importante”, completou.

Na área de abrangência da 12ª Regional de Saúde, com sede em Umuarama, já foram confirmados três casos ‘importados’ da doença – uma vez que os pacientes contraíram o vírus em outras regiões. Os casos ocorreram em Icaraíma (1) e Altônia (2).

A DOENÇA

A febre oropouche é causada pela picada do mosquito pólvora, quando infectado pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (Orov). Os sintomas são semelhantes ao da dengue, com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular.

A prevenção envolve o uso de repelentes, principalmente quando a pessoa se dirigir a regiões de rios e matas, pois o mosquito se reproduz com mais facilidade em regiões alagadas. Na área urbana é importante cuidar dos quintais e evitar acúmulos de folhas, lixo e fezes de animais, tudo que possa gerar umidade e favorecer a reprodução do vetor. A doença não tem medicamentos específicos, como a dengue, apenas tratamento sintomático.

Além das cidades da região, há casos confirmados nos municípios de Curitiba, Lupionópolis, São José dos Pinhais, Cascavel, Apucarana, União da Vitória e Adrianópolis. Os locais prováveis de infecção foram Santa Catarina, Acre, Rondônia e Amazonas.

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