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Depois de sete anos de investigação, PC elucida assassinato da Miss Altônia

Complexidade do caso dificultou os trabalhos policiais, mas o serviço foi encerrado com mandados cumpridos no Paraná e Santa Catarina

09/06/2025 às 09h00
Por: Alex Miranda
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Divulgação
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A Polícia Civil de Altônia contou com o apoio de investigadores da 5ª Subdivisão Policial (SDP) de Pato Branco e da Delegacia de Polícia de Palmas, bem como equipes do grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (TIGRE), para concluir a investigação sobre a morte de Bruna Zucco Segantin e seu namorado Valdir Brito Feitosa. O casal foi morto em Altônia e os corpos foram queimados. O crime chocou a comunidade no Noroeste do Paraná e repercutiu em todo o país, pois Bruna havia recentemente sido eleita Miss Altônia.

 A ação que culminou em prisões foi deflagrada na manhã do sábado (7) e chamada de Operação Miss, quando foram cumpridas ordens judiciais de prisão e de busca. No total foram cinco de cada.

Segundo o delegado Reginaldo Caetano a investigação foi sobre o duplo homicídio qualificado e destruição de cadáver ocorridos em 22 de março de 2018, ocasião em que Valdir – à época com 39 anos – e Bruna com 21, foram mortos.

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“Os trabalhos ostensivos da polícia ocorreram nas cidades de Palmas-PR, Pato Branco-PR e Balneário Camboriú-SC”, comentou o delegado.

Com a pessoa errada na hora errada

Caetano salienta ainda que a investigação desvendou que os crimes foram motivados pela disputa territorial na época entre o contrabando e o tráfico de drogas na região de fronteira onde está encravado o município de Altônia. “O crime chocou a cidade pela violência e pela destruição dos corpos das vítimas por incêndio e ganhou repercussão nacional principalmente pelo fato de que Bruna, jovem recém eleita Miss Altônia, de boa família, não tinha qualquer envolvimento com o crime, tendo sido apurado que foi morta apenas por estar na companhia de Valdir”.

De onde veio a ordem para matar?

“Foram mais de sete anos de investigação devido a dificuldade imposta desde o início, como desconhecimento de onde as vítimas foram mortas queima de um veículo com os corpos dentro, fazendo com que indícios importantes fossem destruídos, bem como o fato de que o mandante, ligado ao tráfico de drogas, fez minucioso planejamento para a execução do crime, contratando pistoleiro de outro Estado, dando suporte logístico antes e depois do crime, além de providenciar para coagir pessoas”, contou o delegado.

A tatuagem

O delegado lembrou ainda que foram presos quatro homens, um deles de 39 anos, que seria o mandante do crime, um comparsa de 44 anos, outro de 43 e o quarto com 26 anos.

Caetano salientou que o mandante do assassinato estava escondido em um apartamento com porta blindada o que demandou uso de explosivos por parte da polícia para ingressar no local. “Chamou atenção o fato de que um dos executores dos homicídios tatuou na mão imagem de um rosto feminino em alusão a vítima Miss que foi queimada morta”.

Polícia ‘caça’ o último envolvido

Reginaldo Caetano disse que os trabalhos, apesar de estarem praticamente concluídos e com todos os detalhes da investigação apresentados no inquérito apresentado à Justiça, o trabalho policial não foi considerado encerrado, pois ainda falta a captura de Eliezes Lopes de Almeida, de 47 anos de idade. Este teria sido o intermediador da negociação entre mandante e executor do crime. Ele está sendo considerado foragido pela polícia.

O caso agora passa a ser analisado pelo Ministério Público e que deverá oferecer denúncias dos acusados e detidos à Justiça.

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